Entre Tokyo e São Paulo

Friday, September 20, 2002

SOLAR CAFE



Depois daquela subida exaustiva e descida pior ainda, fomos para uma pousada chamada Solar Cafe.
Iamos ficar numa casa da ?vore mas o local deixou muito a desejar. Onde j se viu uma casa na ?vore sem teto? So se for casa de Elfos! Tudo parecia ser legal, aquele contato com a natureza e tudo , mas foi uma roubada!
Pelo que tinhamos lido sobre o lugar parecia ser o m?imo mas deviamos ter desconfiado pelo pre�o... ´1000 por pessoa.



N‹o tinha a menor infra! Quando eu fui perguntar onde ficava o banheiro para tomar banho, n‹o tinha!! E eu que estava louca por um banho desde o 7 est?io do FUJI!!!
Mas at que foi bom no final fomos obrigados a ir ai um ONSEN (banho pœblico) . Nunca tinha ido a um, que del’cia. V?ias piscinas com ?ua quente e ofur™s ao ar livre numa noite nem muito fria nem muito quente. Sem dœvida foi a melhor maneira poss’vel de relaxar ap—s meu esfor�o. (Convenhamos sou bem fraquinha pra essas coisas) . Deu pra descansar bem, afinal no dia seguinte tinhamos um parque de divers‹o com v?ias montanhas russas pra enfrentar. E haja paci�ncia para as filas!

Wednesday, September 18, 2002

vamos ver se da agora com esse novo template

mas ta dificil atualizar o blog

Monte Fuji


Considerado o ponto mais alto do Jap‹o o Monte Fuji, com seus 3750 m de altura , faz divisa com as prov’ncias de Yamanashi e Shizuoka aproximadamante a 3 horas de onibus de Tokyo.
Durante o ver‹o , ou seja entre as œltimas semanas de julho e o m�s de agosto inteiro, as trilhas do Monte ficam abertas para aqueles que desejam se aventurar nesta escalada no m’nimo extremamente cansativa.
O ÒClimbing Mte FujiÓ atrai milhares de japonses e estrangeiros de todas as idades.
uma longa caminhada, mas que supostamente teria toda a infraestrutura ÔjapsÕ. Engano meu, a um ano mais ou menos o Mte Fuji voltou a ser um lugar preservado , n‹o h quase banheiros no caminho (eles foram retirados porque n‹o existe como tratar esgoto na montanha). As lojinhas para comer e descansar nas paradas tambŽm diminuiram tudo isso por causa do lixo que os visitantes deixavam. Durante a viagem de ™nibus passaram um v’deo eco-educativo para os visitantes.
Existem 3 rotas para subir o Fuji, eu e a Yayoi fomos pela rota Gotemba, a mais pr—xima de Tokyo.
Na semana anterior houve um Taifu (Tuf‹o) e os meis colegas do IPC tiveram que cancelar a escalada deles. No fim das contas fomos s n—s duas, na sexta feira depois de uma semana punk de pouquissimas horas de sono tanto pra mim quanto pra ela. Sem no�‹o nenhuma.
Essa era a segunda vez que a Yayoi escalava o Fuji, ent‹o me senti mais segura. A escalada dividida em 9 est?ios, a maioria das pessoas come�a a subir do 5 est?io 800 m de altitude. Na vila onde desembarcamos tinha uma loja com diversos souvenirs, precisava comprar uma capa de chuva, (pois tava chovendo ainda por cima). Paguei ´1000 numa capa que que n‹o valia nem ´100, mas tudo bem o principal era comprar o tal Cajado do Fuji que se mostrou realmente œtil.
Mede 1.30 m e tem uma fita e 2 guizos.
Era 23h quando come�amos a subir. No come�o foi f?il, chegamos no 6 est?io e tudo parecia ir bem. O ar come�a a ficar cada vez mais rarefeito isso d um cansa�o e numa sonol�ncia muito grande. Olhando para cima viamos uma trilha iluminada pelas lanternas das pessoas mais a frente. O objetivo fazer o percurso em 7 horas para ver o sol nascer l de cima.
A noite estava clara e a chuva tinha parado, a Yayoi me falou; T vendo aquele Tori l em cima, o œltimo est?io antes do pico! Isso me animou muito mas infelizmente ela estava enganada.
Entre o 5 e o 6 est?io a dist‰ncia pequena e o aclive suave, eu pensei -Ah se s‹o mais 3 desses t beleza. Mas ai tem uma sacanagem;: depois que voc passa o 7 est?io descobre que tem o 7.2. 7.5 e depois do 8 a mesma coisa! A cada parada por ´200 voc carimba o cajado com um selo que mostra a altitude que voc chegou. No meio do caminho n—s paravamos e deitavamos no ch‹o molhado para descansar ou melhor, dormir. Isso b?ico j tinham me dito.
As 5:00 da manh n—s estavamos a 3250 m. O sol come�ou a aparecer, sobre as nossas cabe�as um teto de nuvens e mais 3 horas de subida (Ahhhhh!). A vista magn’fica, as nuvens se movimentam r?ido e elas est‹o t‹o pr—ximas que parece poss’vel toc-las . As cores do cŽu v‹o do verde at o rosa e amarelo, lindo, lindo!!
Mas a nossa viagem n‹o tinha acabado, e para cima o tempo estava ruim. Paramos e descansamos v?ias vezes, isso ajudou porque n‹o levamos nenhum tubo de oxig�nio.
Quando chegamos pr—ximo do œltimo tori antes do pico (aquele que a Yayoi achou que tinha visto no come�o da subida-tem v?ios no caminho) resolvemos descansar numa pedra. J estava claro e tinha neblina pra todo lado. A paisagem id�ntica a uma das hist—rias daquele filme do Akira Kurosawa ÒSonhosÓ Eu meio sonolenta olhei para o lado e vi uma figura curiosa; um velhinho com uma barba bem comprida branca, um chapŽu e roupas tradicionais que carregava v?ios cajados, achei que estava sonhando, mas a Yayoi tambŽm viu. N—s ficamos falando que era alguma entidade que proteje o Fuji.

8:00 finalmente o pico! Estavamos acabadas, comemos um UDON e dormimos um pouco. Tentamos ver a cratera, mas a chuva e a neblina n‹o deixaram. Fazia um frio de lascar.
Come�amos a descer 10:00h. Ao meio dia o sol apareceu e provavelmente quem ficou no pico at essa hora pode ver a cratera, Essa seria a œltima chance desse ano, pois por causa das mudan�as de clima este seria o œltimo fim de semana permitido para a subida.

Pena, mas tudo bem foi uma aventura que valeu a pena e vou contar para meus netos no futuro. Quem sabe o ano que vem se eu estiver por aqui...