Anima Mundi
Começou o Anima Mundi...Eu queria muito estar aí pra ver!!!
Será que algum amigo meu, poderia fazer um ONEGAI (favor) pra mim?
Levar a Yuri pra ver o Anima Mundi? Ela adora, é tão legal! Como ela tá de férias e não tem :-“nada de legal mãe!” prá fazer, esse certamente é o programa ideal.
Minha mãe está de cama, se recuperando de uma cirurgia e não pode levar.
E aí Tio Enéas, tem jeito de dar uma olhada na sua afilhada? Alguém mais se habilita?
Eu costumava passar as tardes com ela lá nas oficinas. Ela até tem uma fita de vídeo só pra gravar as animações que fazia. O que ela mais gosta é CLAY (massinha). Esse ano vai ter oficina?
As tiazinhas daquela livraria no MIS adoravam a Yuri, era impossível sair de lá sem um livro prá ela. Mas é tão raro ver uma criança que se interessa por leitura que eu achava um pecado não comprar. Por mais sem grana que estivesse eu dava.
O ano passado não deu pra ir porque estavamos em Goiânia, foi um pouco antes de embarcarmos para o Japão. No ano retrasado eu levei ela e mais 3 crianças da idade dela e foi um barato! Eu curto muito criança, sabe. Pena que porque fiquei brincando nas oficinas com eles não consegui senha prá ver Ghost in The Shell. Sessão concorridíssima, mas imprópria para eles. Mas mãe é mãe, né. Fazê o quê?
Ghost in the Shell
Sinto falta dessa ferveção cultural de São Paulo, principalmente nessa época, quando tudo acontece: Mostra Internacional, É tudo verdade, Anima Mundi, FreeJazz, etc...
Eu nunca tive grana e sempre tinha um programa bacana (na faixa) pra fazer.
Tokyo tem muitas coisas para se fazer mas tudo é tão caro. Teve um festival de curtas, foi interessante mas o programa era uns ¥3000=R$75,00 um dia. O que eu sinto é que existem muitas coisas legais rolando na cidade, mas é tanta informação que as coisas se diluem. Não percebo por exemplo, onde acontecem os eventos “cool” da cidade, pode ser em qualquer lugar. As tribos são tão hetrogêneas que não há consenso entre os horários e tipos de programa.
Em São Paulo, eu passava muito tempo em mostras e exposições conhecendo pessoas com interesses parecidos com os meus. Ainda hoje acho que isso acontece aí.
Aqui ir a lugares como esses não é garantia de se encontrar gente com interesses parecidos.
Por um lado isso mostra que a infomação não é centralizada e as opiniões nunca são unânimes. É um ótimo lugar para quem aprecia essa diversidade mas não espere por profundidade nos assuntos. Tudo é rápido e efêmero, não sei se eles digerem as modas e os gostos que adotam com tanta veemência.
São Paulo é assim: um mundinho de modernos e descolados que precisam ser vistos nas mostras certas (como é “in” ficar numa fila pra ver um curta daquele diretor revelação do festival 'não sei o quê'), nos vernissages dos artistas certos, nos melhores lugares do show daquela banda obscura de NY... Quanta bobagem que a gente faz!
Acho que trouxe um pouco dessa cultura pra cá, mas logo vi que não valia a pena. Aqui tudo é para todos, assim é possível ver um tipo tio numa rave e um punk na exposição do Museu do Prado.
Existem estilos e gostos diferentes sim, mas não há panelas de modernos que monopolizam os meios de comunicação e que determinam o que é cool e o que não é.
De vez em quando leio a Revista da Folha e ela ainda continua o parâmetro de cultura do paulistano "muderno". Ainda reconheço os nomes dos arquitetos, designers, estilistas, personalidades da noite, o que será que mudou?
Aqui você pode ser o que quiser, ser cool ou não ser é uma simples questão de gosto.