Entre Tokyo e São Paulo

Friday, December 21, 2007

Soh pra lembrar que eu anida existo. Atualizacao de posts previstas para este ano ainda (2007)
Itens:
Paris
Hong Kong
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Inglaterra e Escocia
Nova York

Sunday, June 06, 2004

DIA 11- ( 2 de Fevereiro-meu niver) Passeio pelo Canal. Bloomsmarket, Jamon
Depois de uma excelente noite de sono fui pegar novamente o barco para o Mercado de flores. Antes passe por Dam e entrei num shopping com vitrines com design. No ultimo andar achei uma loja chamada chill out e me apaixonei por uma bolsa, La também fica um salão de cabeleireiros chamado Kinki, bem descolado e achei que merecia no dia do meu aniversário um novo corte de cabelo, bem diferente e bem funky. ficou super diferente mas me senti tão a vontade, parecia que tinha absorvido o mood do lugar. Nao dou outra , me dei essa bolsa de presente! Segunda feira nublada eh quase sem movimento pelos canais, havia apenas uma mulher com quem fiz amizade num instante. Alice (5ºANJO) eh mexicana e voltava de Israel. Tem 4 filhos e 4 netos e eh muito bonita. Fomos ao Blommsmaket juntas mas nos demoramos um minuto e perdemos o barco que nos levaria a outra parada turística. Resolvemos passear a pé e entramos num café, e conversamos bastante. Ao saber que era meu aniversario me convidou para jantar, nao preciso nem falar. Passeamos por Jomon, o bairro descolado, onde ficam as lojinhas modernas e as galerias avant garde. Tudo já estava fechado mas as vitrines dizem tudo. Jantei um espaguete ao pesto e em retribuição levei a ate o Red Light District. Ela queria ver um show de sexo explicito, eu também então fomos ao Casa Rosso que vai todo tipo de gente, praticamente só turista, jovens, mulheres, senhores, uma coisa light. Nao vimos nada chocante, uma bobagem.
Depois disso fui embora, nada de cafés com plantinhas de maconha na vitrine para comprar um bolo e cantar parabéns. As 6:23 pego o trem para Bruxelas e a 3º parte da viagem.
Amsterdam é muito legal para se passar um fim de semana, mas não tem estrutura. Para se ter uma idéia não havia nem sinal de Citibank (nunca haviam ouvido falar) só ABN e Western Union

DIA 12 AMSTERDAM/BRUXELAS/ESTOCOLMO
Nao sei quantos quilômetros eu percorri, mas foi uma maratona. De manha estava na Holanda, a tarde na Bélgica e a noite na Suécia.
Minha passagem por Bruxelas foi relâmpago. Me atrasei para pegar o trem , tive que ir no das 7:23, ao chegar em Bruxelas Centraaal percebi que havia esquecido a sacola com o omiyage e o presente da Yuri no trem, Ainda bem que avisei o funcionário da estação e eles encontraram e guardaram para mim. Tive que ir ate a estação seguinte mas na verdade eu tinha que ter decido nela e nao em Bruxelles Centraal. De lá que saia o ônibus para o aeroporto de Cheleroi para Estocolmo. Me enrolei tanto que so deu para fazer um tour de Taxi pelos principais pontos da cidade. Tirei o máximo de fotos que consegui, umas 115 em umas 50minutos.
Cheleroi eh um aeroportozinho no meio do nada, a Bélgica no interior eh cheia de campos de plantação com aquelas casinhas que lembram as de camponeses do século retrasado.
O vôo foi tranqüilo e chegamos a Skavska 15 min antes. A temperatura local eh de 4 graus. Tudo esta cheio de neve. O Ônibus ate o centro leva 80min. Fui dormindo quase todo o trajeto.
Esse hostel nao tem ninguém, so eu, Ate para entrar foi um sacrifício, a portaria estava fechada e eu teria que ligar para um numero e avisar que havia chegado. Fui ate um hotel uns 400m carregando a mala para poder ligar, depois de varias tentativas consegui falar com alguém. Apenas me disseram uma senha para digitar na porta e quando entrei nao tinha uma vivalma. Tomei banho e dormi.

DIA 13- Stockholm Furniture Fair
Tudo aqui parece muito caro ma tive uma grata surpresa ao ir tomar café de manha. Pedi um café latte com pão e veio um sanduíche de queijo, presunto, pepino e tomate + um copo tipo de milkshake de café com leite, alimentou muito bem.
Paguei 240 SEK para entrar na feira por vários dias mas depois percebi que se tivesse um crachá de imprensa poderia tirar fotos das pecas. Entao dei meu meishi e funcionou. A vantagem eh que com o crachá de Press posso alocar na sala de imprensa e ainda por cima usar os terminais de internet de graça. Sugoi, ne
Por falar em sugoi, conheci uns estudantes de design japoneses e combinei com eles de amanha ir a uma festa da Absolut . Aqui parece o TDB/TDW tem eventos paralelos em todos os lugares.
Amanha vou conhecer a mae do Kai as 9:30 ela vai passar aqui no Hotel.

DIA 14 KKV-Konstnärernas Kollektivverkstad/ Sockholm Furniture Fair
Conheci a Mãe do Kai e o padrasto, fomos até uma cooperativa de artistas que trabalha em um atelier/oficina gigante. Ha oficinas de metal. madeira, cerâmica, gravura e têxtil. Deu uma saudade da FAAP

Tuesday, February 03, 2004

DIA 12 AMSTERDAM/BRUXELAS/ESTOCOLMO
Nao sei quantos quilômetros eu percorri, mas foi uma maratona. De manhã estava na Holanda, a tarde na Bélgica e a noite na Suécia.


Minha passagem por Bruxelas foi relâmpago. Me atrasei para pegar o trem, tive que ir no das 7:23, ao chegar em Bruxelas Centraal percebi que havia esquecido a sacola com o omiyage e o presente da Yuri no trem. Ainda bem que avisei o funcionário da estação e eles encontraram e guardaram para mim. Tive que ir até a estação seguinte mas na verdade eu tinha que ter descido nela e não em Bruxelles Centraal. De lá que saia o ônibus para o aeroporto de Cheleroi para Estocolmo. Me enrolei tanto que so deu para fazer um tour de Taxi pelos principais pontos da cidade. Tirei o máximo de fotos que consegui, umas 115 em umas 50minutos.

Cheleroi é um aeroportozinho no meio do nada, a Bélgica no interior eh cheia de campos de plantação com aquelas casinhas que lembram as de camponeses do século retrasado.
O vôo foi tranqüilo e chegamos a Skavska 15 min antes. A temperatura local era de 4 graus. Tudo esta cheio de neve. O ônibus ate o centro leva 80min. Fui dormindo quase todo o trajeto.



O meu hostel fica em Gamla Stan, a parte antiga de Estocolmo, linda!
Chegando lá não havia ninguém, só eu. Até para entrar foi um sacrifício, a portaria estava fechada e eu tive que ligar para um número e avisar que havia chegado. Tive que ir até um hotel uns 400m carregando a mala, num puta frio para poder ligar. Depois de várias tentativas consegui falar com alguém. Apenas me disseram uma senha para digitar na porta, simples não? Quando entrei não tinha vivalma. Tomei banho e dormi.

DIA 13- Stockholm Furniture Fair

Tudo aqui parece muito caro ma tive uma grata surpresa ao ir tomar café de manhã. Pedi um café latte com pão e veio um sanduíche de queijo, presunto, pepino e tomate + um copo tipo de milkshake de café com leite, alimentou muito bem.


Paguei 240 SEK para entrar na feira por vários dias mas depois percebi que se tivesse um crachá de imprensa poderia tirar fotos das peças. Então dei meu meishi e funcionou! A vantagem é que com o crachá de Press pude almoçar na sala de imprensa e ainda por cima usar os terminais de internet de graça. "Sugoi, ne"

Por falar em sugoi, conheci uns estudantes de design japoneses e combinei com eles de amanha ir a uma festa da Absolut Vodka .

Aqui parece o TDB/TDW (Tokyo Designers Block e Tokyo Designers Week) tem eventos paralelos em todos os lugares. Dá pra ir passeando a pé pelas lojas onde tem os eventos. Eu comprei um passe turistico que da direito a usar os onibus, trens e visitar museus.
Amanha vou conhecer a mae do Kai as 9:30 ela vai passar aqui no Hotel.

DIA 14 KKV-Konstnärernas Kollektivverkstad/ Stockholm Furniture Fair


Conheci a Mãe do Kai e o padrasto, fomos até uma cooperativa de artistas que trabalha em um atelier/oficina gigante. Ha oficinas de metal. madeira, cerâmica, gravura e têxtil. Deu uma saudade da FAAP

Esses dias em Stockolmo me fizeram sentir saudades de casa. Realmente tudo aqui eh muito 'boring'. Eu não acreditava que um lugar tão lindo e tãõ rico pudesse ser assim triste, O frio intimida, deprime...

É provavelmente porque eh invern. Faz muito frio. Apesar de ser uma temporada com vários eventos simultâneos por causa da feira tudo parece que acontece numa outra esfera. Esse eh o lugar onde mais me senti deslocada. O hotel vazio literalmente foi uma tranquilidade mas ao mesmo tempo quase uma limitacao. Não conheci gente pra conversar sobre a cidade, sair a noite para explorar o lugar seria a opcao mas Estocolmo foi a unica cidade que não comprei guia. Não comprei porque não achei, nem em Tokyo e nem em Londres.

A cidade antiga é fascinante, senti falta de um guia mas aqui vc respira passado. Existem coisas muuuiito antigas. Adorei te-las visto e sentido um pouco da sua historia.

Fui ao museu do Premio Nobel, nao é nada assim tão impolgante, acabei tirando um foto do esquema de Linus Pauling pra mostrar pra Yuri, Ela estudou no colegio com o mesmo nome e podera mostrar para as coleguinhas quando voltar.

Uma coisa do Brasil eu achei aqui... A Rainha. Na verdade não há quase referência sobre a origem brasileira dela. Pra falar a verdade foi até dificil achar no mapa 1 visita oficial que o casal real tenha ido fazer ao Brasil.
Muitas joias, e comendas, salas nada muito interessante. Na verdade era só parte do pacote ... aquela coisa* quero ver tudo que der. Mas o mais interessante foi uma igreja do seculo XII que visitei. Tem uma estatua de São Jorge toda em madeira, Incrivel como esta peça durou. Essa igreja foi retratada em alguns momentos importanttes da historia do país como coroação de reis e principes. Ver as telas no museu e depois ver o lugar praticamente intacto ao vivo é emocionante.

O museu Nacional tem uma excelente coleção de pintura Flamenca... eu pensei que ja tinha visto o bastente no National Museum e no Reijskmuseum.
Mesmo assim uma monitoria ajudaria a entender as obras com mais detalhe.
Quase tudo que se reforma é feito na época de baixa temporada, tudo fecha. O museu de arte moderna por exemplo eu perdi. Nao fui também ao Viking Museum, era longe e preferi descansar. Essa coisa de ficar muito na correria pra ver tudo faz a gente se perder o não aproveitar o nosso timming de perceber as coisas.
A mae do Kai é fantastica, eu amei ela, quero ser como ela quando ficar velha.

Monday, February 02, 2004

DIA 11- ( 2 de Fevereiro-meu niver) Passeio pelo Canal, Bloomsmarket, Jamon


Depois de uma excelente noite de sono fui pegar novamente o barco para o Mercado de flores.


Olha que baratinho comecar um negocio proprio!
Antes passei por Dam e entrei num shopping com vitrines com design. No ultimo andar achei uma loja chamada chill out e me apaixonei por uma bolsa redonda pink.


La também fica um salão de cabeleireiros chamado Kinki, bem descolado e achei que merecia no dia do meu aniversário um novo corte de cabelo, funky. Ficou super diferente mas me senti tão a vontade, parecia que tinha absorvido o mood do lugar. Nao deu outra , me dei a bolsa de presente! Segunda feira nublada eh quase sem movimento pelos canais, havia apenas uma mulher com quem fiz amizade num instante. Alice uma mexicana que voltava de Israel. Tem 4 filhos e 4 netos e eh muito bonita.


Fomos ao Blommsmaket juntas mas nos demoramos um minuto e perdemos o barco que nos levaria a outra parada turística. Resolvemos passear a pé e entramos num café, e conversamos bastante. Ao saber que era meu aniversario me convidou para jantar, nao preciso nem falar.

Passeamos por Jomon, o bairro "cool", onde ficam as lojinhas modernas e as galerias avant garde. Tudo já estava fechado mas as vitrines dizem tudo.


Jantei um espaguete ao pesto e em retribuição levei a ate o Red Light District. Ela queria ver um show de sexo explicito, então fomos ao Casa Rosso que vai todo tipo de gente, praticamente só turista, jovens, mulheres, senhores, uma coisa light. Nao vimos nada chocante, uma bobagem.


Depois disso um bolo de "Parabéns" num dos conhecidos cafés com plantinhas na vitrine para fechar com chave de ouro minha última noite Dutch nao seria nada mal...
As 6:23 pego o trem para Bruxelas, a 3º parte da viagem.


Amsterdam é muito legal para se passar um fim de semana, mas não tem muita estrutura. É um pouco menos suja que Londres e infestada de turistas jovens e chapados. Os Holandeses sao lindos, muito simpaticos e a cidade eh encantadora. Adoraria morar numa das casas barco ou num apartamento num dos canais. Passei uns maus bocados por nao ter Citibank na cidade, isso eh bem aquela coisa 'Europa" que tá pouco se fodendo pra America. Nosso eu concordo.
Adeus canais e moinhos, quem sabe num proximo aniversario eu volto


Dammy

Sunday, February 01, 2004

DIA 10: Passeio pelo canal Reijksmuseum/Musem Van Gogh

De manha lembrei que não tinha grana para ir ate a cidade trocar a os cheques mas lembrei que poderia ir de bike, Sai para ver onde ficava a bike da Patrícia e acabei conhecendo os novos vizinhos dela, um jovem casal de italianos que estava com uma van parada na porta fazendo a mudança, Perguntei se sabia como chegar ao centro de bicicleta, mas como era nova no lugar nao sabia. O senhor que fazia a mudança perguntou de onde eu era e disse que era brasileira.
Para minha maior surpresa ele, italiano havia morado no Brasil e falava português! E ofereceu uma carona ate o centro. Muita sorte.
Fulvio, 4ºANJO mora ha mais de 20 anos em Amsterdam, morou no Brasil por 2 anos e conversamos um pouco em português, um pouco em inglês. Antes de me deixar no centro fez um tour pela cidade de carro. Tirei umas 70 fotos so nesse tour.
Ao invés de ir para Centraal Station onde tem o KFC ele me deixou em Leidsplein, onde fica a casa de cambio e o Tourist information Center. La comprei um ticket pra um tour pelos Canais e desisti de encontrar o sino-afegao.

Casas Barco



Canal dos Senhores, cada andar por semana custa €2000.

Ao sair do passeio de barco fui ao Museu Rembrant ou Rijskmuseum.
Acervo lindíssimo, A Holanda foi um pais que se formou a partir do desligamento da religião, do dominio espanhol e ao contraio dos outro países europeus tornou-se uma republica e nao uma monarquia. Os Holandeses foram exímios navegadores e comerciantes.A Holanda foi um interposto comercial entre a Europa e o Oriente muito importante. A burguesia cresceu abastada e o mecenato impulsionou as artes de forma estupenda, o legado se vie ate hoje tanto na riqueza das obras e ostentação dos objetos de época quanto na arquitetura.

Ekchout, pintou paisagens brasileiras quando Maurício de Nassau dominou o nordeste brasileiro

Van Eyke

Rembrant

Antes de ir ao museu Van Gogh dei uma passadinha na fabrica de diamantes Costa. Uma bobagem porque nao tem muita coisa para se ver, é so um labirinto onde se passa por diversos show rooms de jóias e souvenirs a venda antes de se chegar a saída.

Van Gogh museum eh maravilhoso, possui obras de outros contemporâneos dele alem de uma vasta coleção de gravuras e desenhos colecionadas por ele e seu irmão Theo, inclusive várias gravuras do Hiroshige.
Um dos "Girassóis" está lá. Paisagem com Corvos eh o meu favorito e foi divertido ver o Quarto tendo visto a Cadeira dias antes no National Museum em Londres.
O senhor Fulvio havia dito que eu poderia ligar quando terminasse o meu passeio que ele me levaria conhecer outros lugares.
Foi o que fiz, liguei e ele me levou ate a casa dele para passar um email para o PQ e a Yuri, fomos depois eu ele a e esposa ate o restaurante que por acaso trabalham os novos vizinhos e ele vende ingredientes italianos e me pagou um jantar. Penne con gorgonzolla e Salmão , feito por um genuíno chef italiano!! Sorte de novo.

Saturday, January 31, 2004

DIA 9- London Luton Airport & Amsterdam Centraal-Red Light District

Último dia em Londres chovendo e eu acordei tarde, não vai dar para fazer nada. Tenho que pensar como vou despachar as revistas que comprei. Takkyubin é £50, muito caro. Vai ser correio normal.
A impressão que fiquei de Londres é que é muito mais fácil de se viver do que no Japão. Da pra morar tranqüilo, mas tem que ter uma boa grana ou se sujeitar a trampo peão. Se eu fosse morar lá, teria que poder me sustentar com o que eu trabalho (design), otherwise não valeria a pena. Deixo a cidade com um gostinho de quero mais. Valeu meninos por tudo, nao vou esquecer de vcs jamais.

Venta forte no aeroporto de Luton, a aeronave está chacoalhando aterrissada.
Não deu outra, que vôo terrível! Achei que era porque a companhia aérea Easyjet por ser muito barata devia ser bagaceira mas não era não. Conheci uma família de Egípcios no vôo e um deles que mora em Amsterdam disse que nunca foi assim. Incrível como não cancelaram o vôo, houve um atraso de 1 hora.


Mariah e sua mãe e mais alguns amigos holandeses

Chegando a Schiphol ganhei uma carona dos Egípcios ate a casa da Railda, com quem precisava pegar as chaves da casa da Patrícia Moribe, que eu não conheço pessoalmente e está no Brasil neste momento. Louca ela de me deixar ficar na casa dela assim. E que sorte a minha
Alias a minha passagem por Amsterdam foi pura sorte, conheci pessoas que do nada me ajudaram, foram como ANJOS de verdade. Mohamed foi o 1º.


Amsterdam Centraal
Chegando na casa da Patrícia, percebi que nao havia trocado os travelers cheques no aeroporto. Tinha so €4. Resolvi ir para o centro: Amsterdam Centraal porque onde estava não havia mais nada aberto e lá poderia tirar dinheiro no caixa eletrônico. Era 23:30. Existem trams noturnos então fiquei tranqüila. Peguei um e perguntei se ia para o centro. O senhor respondeu que sim mas tinha dificuldade em falar inglês, porem falava espanhol perfeitamente e isso ajudou muito. Perguntei também onde havia um lugar para comer bem barato e me indicou um falafel vegetariano na frente da estação. Uma delicia!


Jamel, o 2º ANJO é marroquino e estava indo visitar a família no interior, neste fim de semana acontece um grande festival muçulmano (Hajj), foi por isso que encontrei a família de Egípcios no avião. Ele foi muito bacana e me deu €1 para ajudar a comprar o falafel, sorte de novo. Mas ai percebi que não tinha dinheiro para voltar... ihiiiiii! Em Amsterdam vc compra um bilhete por €1,60 e ele vale por 1 hora, pode pegar quantos trams ou bus quiser nesse período. O meu não valia mais porque tinha comprado as 22:50 indo da casa da Railda para a da Patrícia e já era 00:10
O problema foi que digitei a senha do cartão 3 vezes errado e ele ficou bloqueado (imbecil!). Pensei, ainda posso trocar os travelers cheques mas as casas de cambio que ficam abertas a noite toda não aceitam. Conclusão, teria que ficar esperando as coisas abrirem ate as 8!
Resolvi que ia esperar, fui a te o Mac que fica aberto ate as 2, depois o KFC, estava pescando de sono quando o rapaz do KFC veio me perguntar se estava perdida ou se tinha onde ficar, me senti a mais 'homeless' e pedi desculpa por estar fazendo hora lá e expliquei que estava presa na cidade ate as 8, sem dinheiro para voltar. Eles já iam fechar e me vi sem saida, ventava e chovia e eu teria que ir andando, se tivesse com grana entraria em algum clube mas nenhum iria aceitar cartão de credito, disse o rapaz. Então para minha surpresa ele se ofereceu para me acompanhar e mostrar um pouco da cidade, fiquei meio desconfiada mas depois que eu disse que queria ir ao Red Light District e ele disse que nunca havia ido ali fiquei tranqüila, esse é bem certinho (3º ANJO).


O Red Light District é a zona de prostituição de Amsterdam, onde tudo é livre e permitido...


Lá as garotas se exibem em vitrines iluminadas com lâmpadas vermelhas ou rosa. Por incrível que pareça é uma região super segura, há policiais em todos os lugares. Pode se comprar drogas de todo tipo, os dealers oferecem a cada instante. para evita-los basta não lhes dirigir o olhar. É proibido tirar fotos e discretamente tirei essas. As garotas cobram €50. Pedi para tirar foto do sapato de uma, mas ela nao deixou.

Andando pelas ruas mais escondidas acabei encontrando sabe quem? O Mohamed do aeroporto, e eu que pensei que para ele aquilo era haram... Disse que não gostava de estar lá, e que procurava um amigo, sei. O nome do rapaz que me acompanhava eu não lembro, só lembro que era meio afegão e meio chinês. Ele também me mostrou o bairro chinês (tem Chinês em tudo quanto é canto).


Templo Chinês
No final ele foi embora pois estava tarde e esperar cansa, principalmente quando não se pode entrar em nenhum bar sem grana. Mesmo que pudesse ficar num dos Coffeeshops ia acabar dormindo e com certeza me roubariam, não tinha dinheiro mas tinha a câmera. O rapaz se propôs a me guiar pela cidade no dia seguinte, mas não me deixou telefone e disse que estaria as 10 na frente do KFC
Tava muito cansada e fui para o ponto de ônibus noturno, estava disposta a pedir pelo amor de Deus para o motorista me dar uma carona mas na hora H, não sei por que eu perguntei apenas se aquele ônibus ia para Muiderpoort station e mostrei o bilhete velho, ele nem olhou e disse simplesmente que me avisaria quando chegássemos perto mas que teria que andar um pouco a pé depois.


Tram: Bonde
Resolvido, cheguei em casa sã e salva, pronta para um banho e uma cama.

Thursday, January 29, 2004

DIA 8- Highgate cemetery/Saachi Gallery/Tate Modern
Nesse cemitério está o túmulo de Karl Marx, tirei muitas fotos de cruz mas o que mais me impressionou foi o estado de algumas sepulturas. Havia nevado, chovido e estava nublado, ou seja, o dia perfeito para ir a um cemitério secular.

Olha o estado disso aqui


Tentei me aproximar de um túmulo para fotografar mas de repente tive uma sensação muito estranha, quando olhei para baixo vi que estava em cima de outra sepultura que quase sumia no meio da vegetação que cresceu. Na hora eu sai e desisti de fotografar. Nao sou impressionada com essas coisas, mas que senti um frio na espinha inexplicável eu senti.
Ainda se enterram pessoas neste cemitério


County Hall, o endereço charmosíssimo da Sacchi Gallery.
A coleção da Saachi era tudo eu eu queria ver de arte contemporânea. Desde que li sobre a repercussão da exposição SENSATION que queria ver de perto alguma obra desses artistas. Damien Hirst era o mais esperado e não me decepcionei. havia uma retrospectiva dos Chapman Brothers, um trabalho no mínimo perturbador.

Inferno



Crianças mutantes


Damien Hirst

Tracey Emin "My Bed" Mostra a cama da própria artista revelando sua nua intimidade. Richard Wilson encheu de óleo metade de uma sala da galeria, há apenas o espaço para passar e chegar até o centro, onde se pode ver o reflexo perfeito das paredes e do teto.

Achei muito interessante a forma como a Tate Modern dispõe os trabalhos. As salas são divididas por temas (Utopia, Revolution, After Duchamp, Trace of Time, etc.) e como artistas de diversos momentos da historia discutem o tema. Com isso fica mais fácil de se fazer um diálogo entre o conceito da obra e a representação pictórica, Não precisa por exemplo ficar datando a obra ou mesmo lembrando de que período é o artista, basta ver e comparar que recursos cada artista usou para expressar-se, a compreensão do resto fica embutida. É muito mais rico porque faz você pensar sem ser complicado.


Duchamp- O Grande Vidro - Noiva despida por seus celibatários, mesmo


Artista desconhecido

Eu e o Ricardo bem que tentamos sair a noite, mas não deu certo. Primeiro fomos clube que eu queria porque tinha visto que rolava EBM, Electro, Industrial etc. Ate achamos a rua, mas tudo estava muito quieto, tinha um clube e quando fomos perguntar sobre a tal Sensory Overloded, o cara disse que essa festa tinha sido cancelada!!!! Fuck! Para me animar fomos a um outro clube mas tava muito cheio, além de rolar só drum'n'bass, que não sou nada fã. Um outro que tivemos que dar um puta rolê e que fechava as 3, já era 2:20. Conclusão: 7 dias em Londres sem nenhuma ferveção :-(
Mas a noite nao havia terminado, nos pegamos um ônibus para casa e como não poderia deixar de ser tinha umas brasileiras bêbadas que começaram a cantar alto. Algumas pessoas se empolgaram e batiam palmas ao som de Garota de Ipanema, pensei em sumir... Sem contar que tinha uma bicha falando no celular com a mãe no Brasil e dizendo que a Embaixada de Portugal era pior que qualquer repartição pública brasileira. Acho que ele não imaginava que estávamos entendendo tudo. Me senti invadindo a privacidade dele.

Se contarem para você que em Londres tem muito brasileiro acredite porque não teve uma vez que eu entrei no ônibus e não ouvi alguém falando português. Nas ruas é supercomum se ouvir várias as línguas: português, espanhol, italiano, francês, alemão, russo, japonês, chinês, árabe, incrível! Isso é que é ser cosmopolita.

Wednesday, January 28, 2004

DIA 7: Tate Britain/Tate Modern/Liberty


A Tate Britain é muito bem organizada, todos os trabalhos estão divididos por escolas (ex: Flamenga, Holandesa) e por região. Tem um impressionante acervo de Constable e Turner. Vi William Blake e Albrey Beardsley.

Turner


Beardsley

Infelizmente a Josi teve que ir trabalhar eu vou pegar o barco para ir ate a Tate Modern, não é o máximo?


A Tate Modern é um prédio imenso de linhas retas, um antigo galpão de depósito de mercadorias do porto.


Ah! The Weather Project de Olaffur Eliasson ocupa todo hall do prédio. O teto é de espelho e sol na verdade é apenas meio sol que refletido se completa.

Georges Braque

Marcel Duchamp

Carl Andre

Anselm Kiefer

So deu para ver um andar do acervo, amanhã eu volto porque de 6a e Sab a Tate fecha as 22. Para voltar atravessei a ponte em direção a Catedral de St Paul. Agora sim pude tirar umas fotos

St Paul

Ate que em fim vi coisas lindas de design na Liberty, Os papéis de parede e tapeçarias do William Moris (Arts & Crafs) ainda são produzidos e se vc quiser pode comprar outras obras antigas avaliadas em milhares de pounds como essa mesinha viking de £7000.


Hoje também é a despedida da Denise que vai voltar ao Brasil A Andriane fez um jantar e um bolo, aproveitei para comemorar meu aniversário adiantado na companhia de amigos, os últimos que terei assim que deixar Londres e partir para a segunda parte da minha viagem: AMSTERDAM.


Denise, Ricardo, Adriana e eu (faltou a Josi)


O Bolo (ela é muito prendada!)